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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

AMOR DE CAIPIRA


Óia vou conta procês
O quanto dói uma sardade
Dendo peito de nóis
Que num sabe falar direito
Mai que trais dendo peito
 Esse ardor que rói
Que corta iguá navaia
Fai nóis ingulí a fala
E ficar doidim, doidim
E quaishe num isprica nada
Na cabeça essa zuada
Que chega e nos atrapaia
Bole com o coração
E trai essa sensação
De quem vai perder as pernas
Como quem num se guverna
Fica todin dismantelado
Iguá um pobre coitado
Que num nasceu pra amar
Aí ocê se ingana
Pois caipira também ama
Só que num sabe espricar.


quinta-feira, 28 de novembro de 2013

DEVANEIO















Espero que tenhas razão
Quando dizes palavras ásperas
E arrebata a fala em um instante
E não me deixa escolha
Calo-me e ignoro esse jeito rude
Antes meigo e doce agora some
Em meio à ânsia de estar
Dependente deste teu colo
Que me acalenta quando ébrio
E me atormentas quando sóbrio
E me faz viver assim
Neste devaneio louco
Lúcido talvez
Cheio de incertezas vivo
Buscando entender este teu jeito
Que me toma inteiro o peito
E tira de mim o ar
Embriaga-me o teu cheiro
E consome por inteiro
Este boêmio sonhador
Que busca o amor no teu regaço
Um abraço dos teus braços
E por fim o teu amor


terça-feira, 26 de novembro de 2013

CALADO POR SUA VERGONHA











Farto de suas façanhas
Inapto a falar de si
Mórbido por um motivo banal
Estático adormecido dinâmico
Febril com o peito em chamas
Calado por suas vergonhas
Por ser o sujeito em questão
Ébrio já nem mais falo
Em qualquer assunto me calo
Como se fosse ódio
Esse amor que sinto se transforma
Dilacerado o peito estala
Pulsante como um vulcão
Adormecido como um gigante
Entra em erupção
E causa esse tormento
Afaga a alma e transforma
O homem forte de outrora
Em uma criança falante.
Nailton Maia



segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ENIGMA EM ÂNSIA



Encanta um encanto e canta
Uma canção de ninar
Um canto ecoa no vento
Um grito ressoa no ar
Murmura um nome em silêncio
Que a boca não quer falar
O amor que encanta o peito
Que soluça e chora sem parar
E vive um enigma em ânsia
Numa lagrima que rola e cai
Dos olhos que dilatam e molham
Uma face que definha mais
Incauto no seu pensar
Diz umas palavras e cala
Perplexo, (duvidoso) inexorável
Inquieto não sai à fala                                                                                                                          Inserto de suas razões                                                                                                                             Embriagado de emoções
Nos olhos lagrimas clara
Rolam e molham a alma
Que triste embora calma
Espera em paz e chora
Porem desistir já mais





 


segunda-feira, 18 de novembro de 2013

A MAIS PURA VERDADE


 
Como definir um sentimento que existe?
Em um ser que desconhece a explicação
Onde não existe motivo que possibilite uma duvida
De algo que é real, um sentimento puro
Assim como o aroma que há nas rosas
No cheiro do passarinho
Na calma e no silêncio do mar
Certo como as sua ondas assim como vem vão
Em um movimento único porem certo, objetivo e real
Que possibilita a junção das águas
Às vezes fria, às vezes morna, às vezes quente
Outras vezes despercebe a sua temperatura
Mas nunca o seu toque que pode ser leve,
Impactuoso, mas real
Como o calor do sol que aquece quando frio
Mas pode também queimar como brasa e
Causar feridas no sentimento
Fechando a porta de uma amizade incontestável,
Que não se mede não se pesa,
Não se pode calcular em dimensão ou profundidade,
Um sentimento unilateral,
Que faz bem a alma e refrigera o coração,
Que impulsa e bate como um relógio certo e constante,
Que se alimenta com a reciprocidade
E nutre-se com o que há de mais lindo e respeitoso
Entre um e outro,
Essa é a mais pura verdade.

Nailton Maia



sábado, 9 de novembro de 2013

DEIXE-ME FALAR



Afaga-me o peito e coloca em mim um jeito esse do poetizar, enlaça-me com o teu encanto enxuga dos meus olhos o pranto e Deixa-me falar, expressar esse sentimento que mais parece um tormento do qual não consigo me libertar, como um ditador tirano me fazendo sentir profano não me dando enfim escolha, como se fosse predestinado um pássaro engaiolado tendo que se contentar neste mundinho fechado e permanecer calado não podendo me expressar tirar do peito esta ânsia diminuir a distancia que existe do ser feliz como um aprendiz poder recomeçar, Agora sem essa predominância sem esse ardor que queima não precisa de um poema para enfim explicar agora sim o amor que renasceu aperfeiçoou e permanecerá.


Nailton Maia