Total de visualizações de página

segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

PORQUE SILENCIA O TEMPO?




Porque te afastas e silencia o tempo?
Neste vazio se encontras?
Envolve-me neste enredo
Revela o medo que de mim toma conta
E me faz perder o sono
E viver um abandono
Como quem se perde no tempo
Não sabe como se reencontrar
Palavras já não restam
O encanto se quebra
Razão, quem dera? Essa não tem
Meus atos me condenam
Pois, também me encontro em silêncio
Assim o tempo passa
Tudo perde a graça, não tem sentido
De mim se afastas estando perto
Errados estão certos de que também sou culpado
Estando ao teu lado me mantenho distante
Mesmo querendo está perto
De ti me afasto
Não é isto que quero
Há como anseio um colo
Um pouco de consolo
Viver os dias que restam
Perto de você, que de mim se afasta
Isso é o que quero.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

COMO EM UM ESQUEMA


Queria está presente quando me afugento.
Queria falar quando me calo.
Queria fugir de tudo, mesmo estando presente. 
Queria resolver este assunto.
Se fugir ou me apresentar como inocente ou culpado.
E, por fim ser julgado, ser liberto, ou cativo levado.
Como escravo cumprir a sentença marcada.
Sem liberdade ou favor.
Sendo este pecador que pra viver não teve lado.
Escolheu seu próprio caminho,
Sabendo que estaria sozinho ou mal acompanhado.
Mesmo sem ninguém por perto, vivendo neste deserto.
Como alguém predestinado.
Enfim, cheio de culpas, duvidas, incertezas, medo, tristeza.
Às vezes com uma alegria passageira.
Uma saudade traiçoeira,
Como alguém fugitivo, sendo livre como estrangeiro.
Vivendo neste ecúmeno, sendo cativo de um sistema.
Como em um pesadelo, mesmo estando acordado.
Vivendo e sendo obrigado a com tudo concordar,
Sem poder se libertar deste esquema marcado.

sábado, 1 de novembro de 2014

QUEM DERA EU?



Quem dera fosse uma máquina?
Quem dera fosse uma lâmpada?
Quem dera fosse a água?

Sendo uma máquina desligaria,
Sendo uma lâmpada apagava,
Sendo a água, seria uma lagrima,
Dos olhos enfim rolava,

Quem dera fosse o vento?
Quem dera o fogo?
Quem dera o tempo?

Sendo o vento me aquietava,
O fogo se apagava,
O tempo enfim parava,
Nada sou eu sei,
Tenho um pouco de tudo,
Um jeito de máquina,
Uma lâmpada apagada,
Em mim tenho água,
Tenho o vento que me seca,
Tenho o tempo que passa,
O fogo que queima a alma,
Enquanto definho sem pressa,

Da vida nada me resta,
A não ser uma longa espera,
E neste viver inserto,
Vivo inquieto, Espero
Lamento, choro,
Me arrependo e canto,
Um canto triste,
De um vazio que existe,
De um Homem rude, arredio,
Que se cala,

Quem dera eu fosse a fala,
Nada me calaria,
Muito sei que diria e calaria,
Para morrer em paz.






quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ACERTO DE CONTAS



Como posso viver com essa angustia?
Como posso desistir desta luta?
Se o melhor de mim ainda não dei,
Como posso esquecer?
Se isso em mim corrói,
Esse ardor no peito dói,
Nesta estrada que passei,
Você me marcou com ferro
Deixando em mim uma escrita,
Neste caminho sempre erro,
Com a alma sempre aflita,
Por não saber a direção,
Em que deve seguir,
Mesmo sabendo não segue,
Por isso está aqui,
Um errante em passos lentos,
Caminhando contra o vento,
Sem saber pra onde ir,
Como um prisioneiro vive,
Embora sendo livre,
Enfim, travando uma guerra,
Como um mortal na terra,
Que vive a persistir,
Sem armas, sem cavalo,
Sem escudo, se cala,
Sem troféu, sem medalha,
Com uma divida imensa,
Que um dia será pago,
Em um acerto de conta,

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O que se passa?


Como o vento passa rápido
Como a água corre pro mar
Como o pensamento flui
Como a brisa a terra molha
Como a fumaça que exala
Como a água evapora
E volta pro mesmo lugar
Esse está se mostra
Estático, sem forças
Enquanto a vida segue
Enquanto vivo está
Enquanto esse tempo resta
Enquanto não se tem pressa
Enquanto a vida passa
De esse viver o que resta?
O que resta desse penar?
O que presta desse pensar?
O que passa sem perceber?
Percebe-se ao passar
Percebe-se ao falar
Percebem-se quando se cala
Quando nenhuma fala
Existe para falar
Então se chega ao fim
Então se pode afirmar
Que tudo enfim acabou
Bem antes de começar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

INQUIETO


Quando tento esquecer o presente
Envolvo-me no passado
Perco-me no futuro
Tentando entender porque
Tantos acontecimentos
Se tudo está marcado
Ou nada existirá
Se o que vejo não entendo
O presente me marca
O que quero não tenho
O que me pertence se vai
O que tenho não importa
No rosto se mostra as marcas
De um passado que não volta
No peito uma ânsia que se eterniza
No pensamento a lembrança
De você a saudade
De mim o silencio
Do tempo a espera
 E agora? Nada resta!
A não ser a certeza de uma monotonia
Que se eterniza enquanto espero
E nada acontece e assim me encontro
Inquieto


quinta-feira, 6 de março de 2014

CASO ENCERRADO


 
Nesta permissividade me perco
Madrugada fria adentro
Como se fossem mata fechadas
Na alma um vazio imenso
Um murmúrio silencia o tempo
Deixando um está inquieto
Afastando sim de tudo
Palavras, porque tantas?
Ouvidos não estão abertos
Onde refugiar-se?
Só se encontra subterfúgio
Sim, um desalento instantâneo
No intuito de abraçar o vento
Afagando enfim o ego
Por está morrendo aos pouco
 Deixando uma lacuna em aberto
Quem pode isso mudar?
Se tudo está escrito em livros
Seres mortais, cativos, vivos, quem?
Não posso mais ouvir-los
Incauto nem mais falaria
Estúrdio, sairia de sena
Sem nenhuma carta na manga
Defesa dispensaria.


quarta-feira, 5 de março de 2014

PORQUE CRESCER, TORNA-SE HOMEM?

    
Nesta certeza incerta
Este está distante
Batidas atenuantes
Num coração pulsante
Marca o compasso da vida
Fibrilando em ânsia
Desperta na alma
Uma angústia que se eterniza
Nesta canção que canta
No radio de cabeceira
Fazendo recordar a infância 
Uma inocência pura
Na vida de uma criança
Que não tinha esse pensar
Podia então correr, pula, brincar
Sem nada em fim temer
Por que crescer torna-se Homem?
No peito palpites que consomem
Sem nenhuma razão?
Ser permissivo, livre ou cativo
Desse sentimento hostil
 Que  escraviza uma vida
No coração essas batidas
Faz- lhe senti febril
O corpo queimando em chama
Por esse coração que  ama 
Sentir-se assim vazio.

segunda-feira, 3 de março de 2014

UM SEGUNDO, UMA ETERNIDADE



Espreme da alma o choro
Um soluço, o pranto não sai
Olhos secos não dilatam
Coração palpitando mais
Uma razão imprescindível
Como uma chuva que cai
Molhando o deserto da alma
Com calma ao longe vai
Se dos olhos nenhuma lagrima
Que possa regar a saudade
Se esse pulsar constante
Aumenta a ansiedade
Deixando a boca amarga
No peito a chama não se apaga
Como uma realidade
De quem vive no ecúmeno
Solitário, ébrio, moribundo
Que vive apenas um segundo
Como uma eternidade.


PRESO POR UM ENCANTO



Porque me envolve nesta trama? 
faceira, 
Como em uma teia me me sinto entrelaçado. 
Quanto tempo me resta neste encanto? 
Voltarei a viver?,
Você me faz vítima neste drama
Que somente a ti pertence,
Enquanto definho vivo
E choro este pranto,
Penso em você e perco o sono
Neste abandono me encontro,
Quem dera despertar deste encanto
Que até as fadas desprezam
E acordar deste sonho
Que me envolveu por inteiro. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

DEIXA-ME DELIRAR COM O VINHO


O equilíbrio pendente de um olhar
Fixado em um par de lentes causa delírios
Aborrecido com a tortura grita.
Mas, é um grito calado que não se ouviu
Pois o teor de uma pungente história sumiu
Tem-se perdido em meio a farsa
Agora do rosto a graça, Só resta um franzido,
Marcado por decepções, por seu grito não ser ouvido
De que adianta ser democrático?
Se na verdade tu és escravo de um sistema corrompido?
Deixa-me delirar com o vinho, Pois alegra o coração aflito
Mesmo que não se ouça o grito, alegra a alma e faz sonhar
Ébrio já não te importa mais, com a alma quase morta
Ingere seco e se inebria
Agora calado como antes adormece
Estático, redundante, releva
Por mais que queira despreza, pra não viver outro dia.




sábado, 1 de fevereiro de 2014

CHEQUE MATE


Mergulhado nesta imensidão
Perco-me no tédio de querer sobreviver
Quando na verdade embriago-me mais
Desapercebo de tudo, miserável que sou
Na verdade deveria adormecer
Esse sujeito rude e renascer
Talvez crescer, correr pelos arredores
Despreocupar-se desta inércia que vive
Orgulhar-se dos seus feitos
E acreditar na existência
 Ao invés
De opor-se e viver cativo e negligente
Obvio? Talvez, porque não se cala?
Ríspido, pungente, ignorante,
Um ser mortal
Que não deveria alimentar o ódio
Insano, eloquente, cheio de razões
Serei eu, serás tu? Ou seremos nós
Peça chave desse enredo
Que mais se parece com um brinquedo
A qualquer hora pode se quebrar
Um cheque mate resolveria
Esvaziar-se ia desta tormenta
Tendo contado os seus dias
Quem sabe? Será melhor
Finda o pensamento, tédio, orgulho
Sofrimento                                            
Quando se adormece no pó.











quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MINHA INFÂNCIA

Da flor resta o perfume
Do amor resta o ciúme
Do sol resta o calor
Da chuva o frio
Do medo arrepio
No peito resta o vazio
Retrato de um amor
Na mente resta a lembrança
Dos olhos resta uma lagrima
Na boca nenhuma fala
Um soluço que se cala
Talvez uma esperança
De mim resta o presente
Do passado a lembrança
Guardada em um retrato

Que restou da minha infância.

CERTO OU INCERTO?



Enquanto você se esforça pra ser um sujeito normal
Vou levando a vida e a vida me levando
Não adianta mais, chega de sofrer chega de chorar
Tudo passa tudo passará
Nesta longa estrada da vida
Quem dera eu ser um peixe
Eu queria me esconder um dia desses
Meu amor não vá embora não, fique mais
Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia
Amar a Disaia sonhei
Eu queria gritar pra o mundo inteiro ouvir
To indo agora pra um lugar todinho meu
Há coração alado
Amor de verdade eu só senti
Quando eu estou aqui eu vivo este momento lindo
E de uma coisa eu estou certo amor
No dia em que eu saí de casa
Amor igual ao seu eu nunca mais terei.


sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

ALGO RELAPSO













Inquieto insisto
Inapto me calo
A razão me falta
Porque não falo?
O peito geme
Perco a fala
O corpo treme
A fé abala
Esperança?Talvez!
Não sei
Inserto me perco
Em delírio desperto
Insano não mais
Tentarei...
Rompe-se um laço
Desfaz-se um pacto
Algo relapso
Envolve-me nesta trama
Trazendo de volta o sonho
Que quase se perde num drama.


ABSINTO
















Que razões têm
Para entender este amor
Se o pranto rola e molha
A face de um sonhador
Que ver os dias passar
Como relâmpago no horizonte
Como o sol ver se por
Todos os dias no monte
Faz crescer a saudade
Aumenta a ansiedade
Suporta a dor
Que causa este sentimento
Como a velocidade do vento
Em uma tempestade
Entende a realidade
E vive sem razão
Enfim tentando dominar
A fúria que lhe consome
Esta agonia que nome
Algum pode identificar
Sem código para decifrar
No coração de um Homem.