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sábado, 1 de novembro de 2014

QUEM DERA EU?



Quem dera fosse uma máquina?
Quem dera fosse uma lâmpada?
Quem dera fosse a água?

Sendo uma máquina desligaria,
Sendo uma lâmpada apagava,
Sendo a água, seria uma lagrima,
Dos olhos enfim rolava,

Quem dera fosse o vento?
Quem dera o fogo?
Quem dera o tempo?

Sendo o vento me aquietava,
O fogo se apagava,
O tempo enfim parava,
Nada sou eu sei,
Tenho um pouco de tudo,
Um jeito de máquina,
Uma lâmpada apagada,
Em mim tenho água,
Tenho o vento que me seca,
Tenho o tempo que passa,
O fogo que queima a alma,
Enquanto definho sem pressa,

Da vida nada me resta,
A não ser uma longa espera,
E neste viver inserto,
Vivo inquieto, Espero
Lamento, choro,
Me arrependo e canto,
Um canto triste,
De um vazio que existe,
De um Homem rude, arredio,
Que se cala,

Quem dera eu fosse a fala,
Nada me calaria,
Muito sei que diria e calaria,
Para morrer em paz.






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