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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

ACERTO DE CONTAS



Como posso viver com essa angustia?
Como posso desistir desta luta?
Se o melhor de mim ainda não dei,
Como posso esquecer?
Se isso em mim corrói,
Esse ardor no peito dói,
Nesta estrada que passei,
Você me marcou com ferro
Deixando em mim uma escrita,
Neste caminho sempre erro,
Com a alma sempre aflita,
Por não saber a direção,
Em que deve seguir,
Mesmo sabendo não segue,
Por isso está aqui,
Um errante em passos lentos,
Caminhando contra o vento,
Sem saber pra onde ir,
Como um prisioneiro vive,
Embora sendo livre,
Enfim, travando uma guerra,
Como um mortal na terra,
Que vive a persistir,
Sem armas, sem cavalo,
Sem escudo, se cala,
Sem troféu, sem medalha,
Com uma divida imensa,
Que um dia será pago,
Em um acerto de conta,

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

O que se passa?


Como o vento passa rápido
Como a água corre pro mar
Como o pensamento flui
Como a brisa a terra molha
Como a fumaça que exala
Como a água evapora
E volta pro mesmo lugar
Esse está se mostra
Estático, sem forças
Enquanto a vida segue
Enquanto vivo está
Enquanto esse tempo resta
Enquanto não se tem pressa
Enquanto a vida passa
De esse viver o que resta?
O que resta desse penar?
O que presta desse pensar?
O que passa sem perceber?
Percebe-se ao passar
Percebe-se ao falar
Percebem-se quando se cala
Quando nenhuma fala
Existe para falar
Então se chega ao fim
Então se pode afirmar
Que tudo enfim acabou
Bem antes de começar.

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

INQUIETO


Quando tento esquecer o presente
Envolvo-me no passado
Perco-me no futuro
Tentando entender porque
Tantos acontecimentos
Se tudo está marcado
Ou nada existirá
Se o que vejo não entendo
O presente me marca
O que quero não tenho
O que me pertence se vai
O que tenho não importa
No rosto se mostra as marcas
De um passado que não volta
No peito uma ânsia que se eterniza
No pensamento a lembrança
De você a saudade
De mim o silencio
Do tempo a espera
 E agora? Nada resta!
A não ser a certeza de uma monotonia
Que se eterniza enquanto espero
E nada acontece e assim me encontro
Inquieto