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quinta-feira, 6 de março de 2014

CASO ENCERRADO


 
Nesta permissividade me perco
Madrugada fria adentro
Como se fossem mata fechadas
Na alma um vazio imenso
Um murmúrio silencia o tempo
Deixando um está inquieto
Afastando sim de tudo
Palavras, porque tantas?
Ouvidos não estão abertos
Onde refugiar-se?
Só se encontra subterfúgio
Sim, um desalento instantâneo
No intuito de abraçar o vento
Afagando enfim o ego
Por está morrendo aos pouco
 Deixando uma lacuna em aberto
Quem pode isso mudar?
Se tudo está escrito em livros
Seres mortais, cativos, vivos, quem?
Não posso mais ouvir-los
Incauto nem mais falaria
Estúrdio, sairia de sena
Sem nenhuma carta na manga
Defesa dispensaria.


quarta-feira, 5 de março de 2014

PORQUE CRESCER, TORNA-SE HOMEM?

    
Nesta certeza incerta
Este está distante
Batidas atenuantes
Num coração pulsante
Marca o compasso da vida
Fibrilando em ânsia
Desperta na alma
Uma angústia que se eterniza
Nesta canção que canta
No radio de cabeceira
Fazendo recordar a infância 
Uma inocência pura
Na vida de uma criança
Que não tinha esse pensar
Podia então correr, pula, brincar
Sem nada em fim temer
Por que crescer torna-se Homem?
No peito palpites que consomem
Sem nenhuma razão?
Ser permissivo, livre ou cativo
Desse sentimento hostil
 Que  escraviza uma vida
No coração essas batidas
Faz- lhe senti febril
O corpo queimando em chama
Por esse coração que  ama 
Sentir-se assim vazio.

segunda-feira, 3 de março de 2014

UM SEGUNDO, UMA ETERNIDADE



Espreme da alma o choro
Um soluço, o pranto não sai
Olhos secos não dilatam
Coração palpitando mais
Uma razão imprescindível
Como uma chuva que cai
Molhando o deserto da alma
Com calma ao longe vai
Se dos olhos nenhuma lagrima
Que possa regar a saudade
Se esse pulsar constante
Aumenta a ansiedade
Deixando a boca amarga
No peito a chama não se apaga
Como uma realidade
De quem vive no ecúmeno
Solitário, ébrio, moribundo
Que vive apenas um segundo
Como uma eternidade.


PRESO POR UM ENCANTO



Porque me envolve nesta trama? 
faceira, 
Como em uma teia me me sinto entrelaçado. 
Quanto tempo me resta neste encanto? 
Voltarei a viver?,
Você me faz vítima neste drama
Que somente a ti pertence,
Enquanto definho vivo
E choro este pranto,
Penso em você e perco o sono
Neste abandono me encontro,
Quem dera despertar deste encanto
Que até as fadas desprezam
E acordar deste sonho
Que me envolveu por inteiro. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

DEIXA-ME DELIRAR COM O VINHO


O equilíbrio pendente de um olhar
Fixado em um par de lentes causa delírios
Aborrecido com a tortura grita.
Mas, é um grito calado que não se ouviu
Pois o teor de uma pungente história sumiu
Tem-se perdido em meio a farsa
Agora do rosto a graça, Só resta um franzido,
Marcado por decepções, por seu grito não ser ouvido
De que adianta ser democrático?
Se na verdade tu és escravo de um sistema corrompido?
Deixa-me delirar com o vinho, Pois alegra o coração aflito
Mesmo que não se ouça o grito, alegra a alma e faz sonhar
Ébrio já não te importa mais, com a alma quase morta
Ingere seco e se inebria
Agora calado como antes adormece
Estático, redundante, releva
Por mais que queira despreza, pra não viver outro dia.




sábado, 1 de fevereiro de 2014

CHEQUE MATE


Mergulhado nesta imensidão
Perco-me no tédio de querer sobreviver
Quando na verdade embriago-me mais
Desapercebo de tudo, miserável que sou
Na verdade deveria adormecer
Esse sujeito rude e renascer
Talvez crescer, correr pelos arredores
Despreocupar-se desta inércia que vive
Orgulhar-se dos seus feitos
E acreditar na existência
 Ao invés
De opor-se e viver cativo e negligente
Obvio? Talvez, porque não se cala?
Ríspido, pungente, ignorante,
Um ser mortal
Que não deveria alimentar o ódio
Insano, eloquente, cheio de razões
Serei eu, serás tu? Ou seremos nós
Peça chave desse enredo
Que mais se parece com um brinquedo
A qualquer hora pode se quebrar
Um cheque mate resolveria
Esvaziar-se ia desta tormenta
Tendo contado os seus dias
Quem sabe? Será melhor
Finda o pensamento, tédio, orgulho
Sofrimento                                            
Quando se adormece no pó.











quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

MINHA INFÂNCIA

Da flor resta o perfume
Do amor resta o ciúme
Do sol resta o calor
Da chuva o frio
Do medo arrepio
No peito resta o vazio
Retrato de um amor
Na mente resta a lembrança
Dos olhos resta uma lagrima
Na boca nenhuma fala
Um soluço que se cala
Talvez uma esperança
De mim resta o presente
Do passado a lembrança
Guardada em um retrato

Que restou da minha infância.